7 set 1988 – Portuguesa 3 x 1 Coritiba – minha primeira vez no Canindé
29 jul 2012 – Portuguesa 3 x 1 Náutico – primeira partida do Miguel na Toca do Leão
Chegamos ao Canindé às 5 da tarde. Participei de um “test drive” de uma furadeira da IRWIN e ganhei uma bola da Lusa que Miguel já saiu chutando ali na frente do vestiário. Pouco tempo depois, chegou o Capitão para autografar as camisas comemorativas. Pequei minha camisa, o Miguel ganhou um chaveiro e deu aquela bola toda suja pro Capitão. “Olha aqui a bola”. Ganhou um autógrafo: “Capitão Jesus te Ama”. Ainda dava tempo de tomar uma sem álcool no Caldo Verde. O Miguel encarou um isoporzito sabor queijo.
A Lusa entrou em campo junto com o Leão. Acredito que esse tenha sido o momento mais marcante pro Miguel que é fã do Leão da Lusa, do Alex – o leão do Madagascar – e do Simba – o rei leão. Depois que o leão voltou pro vestiário – “foi nanar” – começou o momento repeteco. Tudo o que eu falava ele repetia e graças ao senhor árbitro FIFA , meu filho aprendeu a palavra “safado”. “Lusa êô”. “Tutudesa”.
O começo do jogo foi sofrível. Era melhor ver o Miguel cantando “Lusa êô” do que ver nosso ataque – de nervos – perdido em campo. O Náutico colocou cinco jogadores na entrada da área, nem dava pra saber se eram 3 zagueiros e 2 volantes ou 2 zagueiros e 3 volantes. E a Lusa insistindo em entrar – ou tentar – pelo meio. Enquanto isso, Dida mal colocado deu uma boa ajuda pro Kieza. 1×0 Náutico. Eu vi a viola em cacos.
A Lusa ficou tentando pelo meio todo o primeiro tempo, sem sucesso. Só uns chutes estranhos do Moisés. Até que o Ananias resolveu jogar pela lateral e cruzou, eu cantei o gol e o Moisés guardou. O Miguel assustou com os gritos mas logo entendeu que era gol da Lusa e soltou a voz também. O jogo continuou chato até o final do 1º tempo.
O segundo tempo foi mais movimentado. Acredito que o Geninho viu o óbvio e orientou o time no vestiário. Outra jogada pela lateral, outra vez eu previ o gol e Ananias marcou o dele. O Miguel vibrou mais um pouco. “Tá vendo filho, eles ouviram o papai”.
Festa no Canindé. Miguel encheu as paciências da mãe – “Tui-tiu mamãe, tuitui mamãe, eu quelo” – que teve que leva-lo pra ver de perto a bateria da Leões da Fabulosa.
No finalzinho, o Ananias foi substituído. Levei o Miguel junto ao alambrado pra ver o jogador de perto. Ele não deu muita bola pro destaque do jogo, mas deu sorte pro Diego Viana desencantar, e todo mundo veio abraçar o Leo Silva ali, na nossa frente. Me arrepiei!
Acabou o jogo e o Miguel queria que o Leão voltasse. Por sorte, o Leão estava na contracapa da revista que ele ganhou saindo do estádio. Foi uma noite inesquecível pra mim e hoje cedo o Miguel não queria ir pra escola, pediu pra ir no Canindé.
Abraços rubro-verdes!